domingo, março 26, 2017

G1 mostra laboratório que analisa carnes apreendidas pela Vigilância Sanitária do Rio

Local tem mais de 50 funcionários, salas de pesquisa e equipamentos modernos. Resultado de testes com produtos apreendidos deve sair nos próximos dias.
Por Bruno Albernaz, G1 Rio

G1 mostra processo de investigação dos alimentos recolhidos em operação da Vigilância Sanitária do Rio

Após a deflagração da Operação Carne Fraca, da PF, a Vigilância Sanitária do Rio montou uma operação para fiscalizar se produtos estão sendo vendidos dentro das condições ideais de consumo. Cerca de 10 quilos de amostras recolhidas no último fim de semana (18 e 19) em supermercados do Rio foram levadas para o laboratório municipal de saúde pública, localizado na Mangueira, na Zona Norte. O resultado será divulgado nos próximos dias.

O G1 visitou as instalações do laboratório, responsável por analisar produtos apreendidos pela Vigilância Sanitária. O laboratório possui mais de 50 funcionários e pelo menos outras cinco diferentes salas de pesquisa equipadas com modernos equipamentos.

Segundo a coordenadora Roberta Ribeiro, ao todo são cinco laboratórios: de microbiologia, responsável por analisar o nível de contaminação de micro-organismos; a sala de microscopia, que detecta corpos estranhos nos alimentos; o laboratório de físico-química, que cuida da deterioração e alteração na cor; o laboratório de rotulagem, responsável por analisar o vencimento, informações técnicas do rótulo e composições do produto; e o laboratório de resíduos e contaminantes, responsável por pesquisa de agrotóxico, pesticidas, micotoxinas, conservantes, ácido graxos e aminas biogenicas.

“Nós temos uma grande estrutura. São aproximadamente 500 metros quadrados de laboratórios com 54 funcionários, contando os terceirizados. Os equipamentos são um dos mais modernos do país. Temos um cromatógrafo líquido, entre outros equipamentos com alta tecnologia”, explica. "O fiscal traz os produtos apreendidos e nós fazemos a recepção dos alimentos, verificamos a temperatura do produto, adicionamos todos os dados do termo de apreensão no sistema e depois eles são encaminhados pra diferentes laboratórios de análises de acordo com as necessidades", acrescenta.

Após o cadastro das amostras no sistema, elas são encaminhadas para o processo de análise sensorial, que verifica anormalidades nos aspectos sensoriais do produto.

“Nessa operação, nós trabalhamos com diferentes tipos de análises laboratoriais. Nela, a gente vai avaliar o aspecto dessa carne. É feito uma análise sensorial onde a gente verifica a cor e odor dessa carne para saber se ela apresenta algum tipo de alteração. Depois vamos verificar a presença de alguns aditivos e conservantes e aí conseguimos avaliar e quantificar esses produtos", diz a coordenadora.

Segundo Roberta Ribeiro, a fiscalização em frigoríficos federais é competência dos fisicais federais agropecuários. Ela destaca que a vigilância sanitária é responsável por trabalhar coletando amostras no mercado varejista do município.

"Nós não temos competência para trabalhar em frigoríficos federais. Isso é competência dos fiscais federais agropecuários. A competência da vigilância sanitária é trabalhar apenas no mercado varejista, assim como no comércio, analisando e coletando amostras para verificar a qualidade dos produtos que estão sendo comercializados no município do Rio de Janeiro" , conta Roberta

Resultado de análises em carne recolhida no fim de semana fica pronto em até 7 dias (Foto: Bruno Albernaz / G1)

Fiscais da vigilância sanitária em operação na Barra da Tijuca (Foto: Fernanda Rouvenat / G1)

Amostras de carne apreendidas em supermercados da Zona Sul e da Ilha do Governador foram levados para laboratório na Mangueira (Foto: Bruno Albernaz / G1)

Postar um comentário

Blog do Paixão

Whatsapp Button works on Mobile Device only

Start typing and press Enter to search